26.1.09

off

só volto dia 02.02.

22.1.09

Cidade Grande X Cidade Pequena



Qual é a possibilidade ou probabilidade, em uma cidade de 6 milhões de habitantes, do filho de um dentista e da neta do paciente desse dentista se encontrarem? Sabendo-se que a neta e o filho têm 20 anos de diferença de idade, pertencem a diferentes famílias, têm formações profissionais diferentes, moram em bairros diferentes e possuem diferentes níveis de renda.

O campo de possibilidades da Sociologia e a teoria das cordas da Física Quântica explicam esse encontro que transforma qualquer cidade grande, nesse caso o Rio de Janeiro, em uma vila de no máximo 10 casas.

Aline Gama
Foto: Flávio - Trilhas do Rio de Janeiro

19.1.09

Pequenas histórias sobre São Sebastião


São Sebastião é mártir, sepultado na Via Ápia em Roma e comemorado no dia 20 de janeiro. Segundo Santo Ambrósio, Sebastião nasceu em Milão, onde já era venerado em fins do século IV. O cerne da narrativa diz que São Sebastião, nascido na Gália, era oficial da guarda imperial em Roma, na época de Diocleciano. Quando descobriram que era cristão foi sentenciado a morrer por flechadas. Os arqueiros deram-no por morto, mas seus ferimentos foram curados pela viúva de outro mártir, São Castelo. Ao saber disso, Diocleciano ordenou que Sebastião fosse surrado a pauladas até morrer. O emblema de São Sebastião é uma Flecha.

Um dos mitos da tutela do Santo no Rio de Janeiro conta dos milagres recebidos pelos portugueses, chefiados por Estácio de Sá, que venceram a resistência de franceses e Tamoios na cidade em 1567. Os projéteis dos franceses que atingiram os peitos nus dos homens de Estácio – um tal Luís d’Almeida e um índio batizado Marcos, entre outros –, não causaram nenhum dano físico, como se eles estivessem de armadura. É recorrente também a afirmação de que as feridas das flechadas contra os cristãos rapidamente saravam, o que era tido por milagre de São Sebastião, segundo Manuel de Menezes e Simão de Vasconcellos. O milagre por excelência, narrado por diversos cronistas, foi "a aparição de São Sebastião, como um desconhecido “soldado gentilhomem”, “de notável postura e beleza”, saltando de canoa em canoa e assustando os inimigos, segundo o que teriam afirmado os próprios tamoios e franceses, após fugirem e desarranjarem uma cruel e desigual arapuca de canoas forjada contra os da cidade".

De acordo com os raríssimos editais do fim do século XVIII e início do XIX, preservados no códice 16-4-21 do Arquivo Geral da Cidade, os habitantes deviam ornar suas portas com luminárias nas três noites antecedentes ao dia do “Glorioso Mártir”, sob o risco de serem multados, no que variou de 3$000 a 6$000 réis, entre 1799 e 1808. Além, é claro, dos 30 dias de cadeia, previstos e publicados em todos os editais consultados (AGCRJ, Cód. 16-4-21).

Referências:

- Attwater D. Dicionário dos santos. São Paulo: Círculo do Livro; 1983:p.259/260.
- Cardoso V. M. A Legenda Dardejda: São Sebastião como símbolo identitário no Rio de Janeiro do Antigo Regime. In: XIII Encontro Regional de História Anpuh-Rio, 2008, Seropédic. XIII Encontro de História Anpuh-Rio. Programas e Resumos.. Rio de Janeiro : Armazém das Letras, 2008. p. 80-81.

Aline Gama

15.1.09



Moço, peço licença
Eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem passe, eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem classe, eu sou novo aqui

Eu tenho fé
Que um dia vai ouvir falar de um cara que era só um Zé
Não é noticiário de jornal, não é
Não é noticiário de jornal, não é

Sou quase um cara
Não tenho cor, nem padrinho
Nasci no mundo, sou sozinho
Não tenho pressa, não tenho plano, não tenho dono

Tentei ser crente
Mas, meu cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No meio daquela luz, daquela luz

E eu voltei pro mundo aqui embaixo
Minha vida corre plana
Comecei errado, mas hoje eu tô ciente
Tô tentando se possível zerar do começo e repetir o play

Não me escoro em outro e nem cachaça
O que fiz tinha muita procedência
Eu me seguro em minha palavra
Em minha mão, em minha lavra

Meu Mundo é o Barro - O Rappa

Aline Gama

12.1.09

Uma boa imagem do Rio de Janeiro de 2008



A foto dos "gatos"* no alto do Morro Dona Marta é do Gabriel de Paiva e saiu na capa do jornal O Globo (10.12.2008). Gostei bastante, acho que ela diz muito do que se passa com essa cidade! Guardei, procurei online e não achei. Fotografei para postar aqui.

* Veja as definições do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.

Aline Gama

8.1.09

Teaser

Tenho pensado muito em escrever sobre futebol porque vivi um momento ímpar em 2008 que quero contar aqui. Além do que, todas as paixões me interessam!
Com isso em mente e sem ter tido tempo ainda para escrever, hoje pela manhã, por volta de 8h, dois meninos devidamente uniformizados, um de Botafogo e outro de Brasil, batiam bola. Pensei em duas coisas: “que paixão é essa que fazem esses dois acordarem tão cedo, se fantasiarem de jogadores e estarem aqui?” e a outra, bem à Paulo Coelho, “vou ter que escrever sobre futebol! É um sinal!!!”. Portanto, aguardem!

Aline Gama
Obs: "que raiva de não ter fotografado!"

5.1.09

O dia Macunaíma

O sol encontra sua passagem dentro do meu ninho, mas eu ainda quero acreditar que é noite, principalmente, a de ontem. Ainda não sei exato o porquê. Meu corpo precisa urgentemente levantar e tenho saudades de quando era criança. Sonhava que ia ao banheiro, fazia como se estivesse lá e sentia o líquido quente banhando a cama. Não quero abrir o olho, não quero levantar, mas vou lá e volto de olhos fechados. E o sol, o sol insiste em entrar. Ouço: “Ta passando mal? Quer alguma coisa?” E penso em voz alta: "Ai, que preguiça!..."

Aline Gama

1.1.09

Infos

Dados do município
Prefeito: Eduardo Paes (PMDB)
Vice: Muniz (PMDB)
População: 6.093.472
IDH*: 0.842
PIB per capita: R$ 20.851

*IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um índice que serve de comparação entre os países, com objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é usado para apurar o desenvolvimento de cidades, estados e regiões.

No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (taxas de alfabetização e escolarização), longevidade (expectativa de vida da população) e renda (PIB per capita). A classificação é:

- De 0 a 0,499 - para países com IDH baixo (geralmente países subdesenvolvidos).
- De 0,500 a 0,799 - para países com IDH médio (geralmente países em processo de desenvolvimento).
- De 0,800 a 1 - para países de IDH elevado (geralmente países ricos ou em rápido processo de crescimento econômico - emergentes).

No microscópio, Aline Gama