Mataram na madrugada de hoje um fotógrafo do jornal O DIA que muito provavelmente seria um dos informantes da minha pesquisa de doutorado se mais um episódio de violência não interrompesse mais uma vida na Cidade Perdida.
Conheci André em uma trilha no dia 20.09.2008, conversamos um pouco e ao chegar em casa nos adicionamos no orkut. Foi quando descobri que André, além de bonito e simpático, era um fotógrafo jovem e dos bons. Como ainda estava em processo de seleção para o doutorado, não falei muito sobre a pesquisa com fotojornalistas. Tudo era incerto. Existe um tempo entre passar na seleção, cursar disciplinas e começar o trabalho de campo, mas mal sabia eu que incerto é a vida de todos nós que transitamos nas ruas do Rio de Janeiro. Ao ver na televisão a notícia da morte de André, perdi o chão. Os e-mails dele ainda estão em minha caixa de entrada e seu celular em minha agenda.
Que inferno! Que absurdo! Mais um!!! Como é possível nem começar uma pesquisa e já ter uma história de morte para contar? Não é isso que eu quero! E os meus outros possíveis informantes - Tristão, Márcia Folleto, Severino, Custódio, Evandro, etc – sobreviverão? Eu sobreviverei? Será mais uma história a ser esquecida nas páginas dos jornais e nas estatísticas policiais do Rio de Janeiro?
Aline Gama
Um comentário:
chocada amiga...
sem palavras
e cada vez mais triste com esse inferno que vivenciamos no paraíso..
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